Conde da Boa Vista #3 - M.L., funcionário de Sex Shop situada na Boa Vista
- Denise Resende
- 13 de fev. de 2015
- 1 min de leitura
Dedicação” é a palavra escolhida por M.L. para definir seu trabalho. Funcionário em uma das Sex Shop situada na Boa Vista, está no ramo há 14 anos. O que para muitos é encarado como um tabu ou brincadeira, para ele é visto com naturalidade.
A loja é central e bem visível aos pedestres. Lá, vende-se tudo. Segundo M.L, o movimento no estabelecimento cai durante os meses de janeiro e fevereiro devido a chegada do carnaval. “Antigamente, as pessoas tinham receio de entrar, ver e comprar. Hoje não existe mais isso”, conta.
Como sua família é do interior e possuía uma “mente fechada”, ele preferiu esconder onde e com o quê trabalhava. Durante 6 anos, seus parentes acreditavam que ele estava na capital trabalhando numa loja de roupas. Os amigos, por outro lado, apesar das ironias e brincadeiras, ajudam na divulgação da Sex Shop.

Na Boa Vista, ele já viu de tudo. Entre as indas e vindas e esbarrões em pessoas apressadas, ele lembra quando, há cerca de 5 anos presenciou um suicídio: “assim que eu passei, quando entrei na loja, uma mulher tinha acabado de se jogar”.
Ao final de cada dia, M.L. se sente satisfeito com o que faz, afirmando que gosta do seu trabalho. Para ele, nada é mais gratificante do que essa sensação, mesmo com as dificuldades enfrentadas por quem trabalha na área como encarar de frente o preconceito de alguns quanto à sua área de atuação e o baixo salário.
Comments